sexta-feira, 22 de abril de 2011

Empresas apostam no inusitado para conquistar clientes


Apostando no inusitado para chamar atenção para a sua marca, a Scania – fabricante de caminhões - adquiriu uma carreta que se transforma em um estande móvel, com espaço reservado para reuniões, com ar-condicionado, sala de estar, área de alimentação e cozinha. A ideia foi posta em ação a partir de uma parceria firmada com a Truckvan, fabricante de baús e carretas customizadas.
De acordo com o gerente de promoção e eventos da Scania no Brasil, Emerson Johansen, é uma tendência este tipo de ação, pois as carretas trazem também mais agilidade na montagem para o evento, além de ser possível padronizar e circular em qualquer lugar do país. "São um outdoor ambulante pelas estradas. As pessoas ficam encantadas com a estrutura, o padrão e a forma de expor a marca", afirma.
"Este tipo de projeto tem registrado um aumento relevante. No último ano, de 50 unidades especiais produzidas, cerca de 15 eram personalizadas para feiras e eventos", enumera Alcides Braga, diretor da Truckvan.

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Você desperdiça dinheiro? A propaganda não


Manias à parte, é consenso que ninguém gosta de gastar dinheiro à toa. Também não se tem notícias de planos ambiciosos daqueles que querem investir as economias em algo que se torne inútil ou simplesmente não tenha o retorno comprovado. Afinal, definitivamente dinheiro "não dá em árvore".
Se o raciocínio vale para você, por que não valeria para a propaganda? Na relação entre marcas e consumidores, os milhões – e até bilhões - destinados para projetar as mensagens na mídia não podem ser subestimados. A ousadia pode custar caro. Por isso já em 1889 os principais impressos norte-americanos entenderam o recado e formaram a Association of American Advertising para dar aos anunciantes o que eles queriam: um relatório completo que comprovasse o exato alcance de jornais e revistas junto aos seus leitores.

A ideia vingou e espalhou-se mundo afora. No Brasil a prática demorou a acontecer, mas, nos idos da década de 60, nascia o IVC – Instituto Verificador de Circulação, rapidamente adotado por agências e veículos a fim de manter relação transparente com as marcas. A prática foi incorporada pelo mercado publicitário e melhorada com a chegada da internet, que elevou os padrões de mensuração. Qualquer portal que abrigue um banner, por exemplo, fornece com precisão o grau de interação da peça com o usuário, bem como o tempo que ele permanece no site e também as preferências. Ou seja, o cliente tem um raio-x completo à mão para decidir se o investimento é válido.
Há dois anos o mesmo IVC invadiu a internet e, desde então, conquistou 44 afiliados que transformaram o seu desempenho digital em relatórios confiáveis. Grandes players do mercado como o Estadão.com, O Globo e o ClicRBS aderiram. Do trade publicitário, apenas Adnews e Propmark figuram na lista, respectivamente, com 172.431 e 66.146 visitantes únicos segundo dados de março. "É difícil pensar em qualquer negócio sem métricas de avaliação de desempenho. Quando desenvolvemos o projeto, identificamos a demanda e importância e o mercado passou a ter informações que não estavam disponíveis na mesa", afirma João Torres, gerente do Instituto.

"A Mídia mudou, está dinâmica, pede abordagens vivas e conectadas com o posicionamento das marcas", conceitua Paulo Camossa, diretor-geral de Mídia da AlmapBBDO. Comandante do dinheiro de grandes empresas, ele é daqueles que defende criatividade na profissão, mas com responsabilidade. "Manejar os investimentos dos clientes pede criatividade - no sentido de construir estratégias relevantes e envolventes - mas pede também responsabilidade: uma agência tem que amparar suas recomendações em pesquisas e recursos que garantam um trabalho sólido do ponto de vista técnico. É premissa".

Com o surgimento de novas oportunidades de conversa com o público, a pesquisa passou a fazer cada vez mais sentido no dia deste tipo de publicitário, que tem como dever buscar ser certeiro. "Quando desenvolvemos um planejamento, temos ferramentas que nos permitem definir as metas a serem alcançadas pela campanha. Atualmente, sabemos com maior precisão onde encontrar o público-alvo da comunicação", afirma Mari Macabelli, diretora de mídia da Publicis Brasil

Um tiro de canhão

Mas nem só de pesquisa vive um profissional de mídia. As mesmas facilidades vindas com as ferramentas de mensuração também oferecem a doce tentação de confiar excessivamente nos números e desconsiderar outros fatores. "Às vezes existe um erro de julgamento que faz com que o mídia olhe somente para o resultado numérico sem olhar para outras necessidades como construção de imagem, relevância e todas as informações disponíveis", alerta Silvia Tajiki, diretora de mídia da Salles Chemistri.
Mari Macabelli concorda. Segundo ela, uma boa audiência não é suficiente para que a marca desembolse toda a verba naquele veículo em detrimento de outro. "A audiência é simplesmente um dos fatores que deve ser considerado em uma proposta estratégica. É importante avaliar caso a caso. O grande erro que podemos cometer no planejamento de mídia é olhar somente para a rentabilidade sem definir o objetivo da comunicação do cliente. Em alguns casos, a credibilidade do veículo é necessária, mas a defesa deve ser feita segundo outro critério que é mais relevante", aconselha.

Em meio à discussão sobre audiência, ganha espaço a máxima "dar um tiro de canhão para acertar um passarinho". Expressão antiga do mercado, é bastante usada para questionar o alto investimento de um cliente num meio de grande porte mesmo correndo riscos de dispersão. Na visão de Silvia, isso é inevitável. "A partir do momento que temos uma TV aberta com a força que tem neste país, com uma penetração de mais de 97% em todos os targets, é impossível utilizá-la sem dispersão", diz. "Damos este tiro de canhão para acertar um passarinho e atingirmos coberturas de mais de 60% no target em um período de 3 ou 4 dias, normalmente utilizado pelo varejo", observa.


Daqui pra frente

Sem grandes surpresas, todas as apostas se voltam para a maior participação da internet na divisão do bolo publicitário. A diretora da Publicis diz que não existe mais a "situação monomídia", status substituído, segundo ela, pela "diversificação de pontos de contato". Ela acredita que a mudança é "inexorável". Já para Silvia, a realidade dos próximos anos será a migração de grande parte da verba dos impressos para os veículos digitais, ação esta que não vai acontecer de forma "desordenada". A previsão é que o "movimento acompanhe a migração das pessoas, da audiência e permita um direcionamento".

Não se sabe se será bem assim, mas a Salles Chemistri já está fazendo a parte dela. Silvia Tajiki estima que, no final de 2012, a meta é que 30% do faturamento da agência venha dos meios digitais.

http://www.administradores.com.br/informe-se/marketing/voce-desperdica-dinheiro-a-propaganda-nao/44300/

O que realmente mudou na área de RH ?


É uma pergunta um tanto quanto capciosa já que o primeiro impulso é destacar todas as expertises que o profissional da área precisa ter e o quanto isso pode contribuir para a empresa.
Eu não posso negar o quanto esta área é importante para a empresa e seria capaz de enumerar centenas de qualidades que tornam o RH uma peça fundamental e imprescindível para o sucesso, porém esta é minha opinião e ponto de vista

Em matéria divulgada neste domingo (17/04/2011) na Folha de São Paulo abordando vários aspectos e os profissionais de recursos humanos, fica evidente o descontentamento de todos desde o mais experiente até quem está começando na área ao vivenciar o total descaso com que a área de RH é vista dentro das empresas.

Para começar, é notório que a maioria das empresas vê o RH apenas como um setor administrativo responsável pelas questões trabalhistas. Neste prisma o serviço de RH se torna uma rotina constante, sem sonhos... sem autonomia.

O último artigo que escrevi aqui falava sobre o fato das empresas não saberem ou não quererem talentos, apesar do inverso ser largamente divulgado. Penso que a matéria que citei embasa esta minha teoria já que não existe área mais capacitada para reconhecer, lapidar e reter talentos.

Fato que se torna quase humilhante é quando as empresas contratam consultorias especializadas em liderança e motivação sem ao menos consultar o RH. Esta "simples" contratação sem consulta dá a dimensão do descaso e isso obviamente é visto e sentido por todos os funcionários.
Ampliando um pouco o assunto, gostaria muito de um dia poder entender o motivo que leva algumas áreas a "abrir suas asas" e simplesmente passar como um trator sobre as outras. Tudo que esta atitude consegue realizar é o descontentamento e a desarmonia entre áreas e pessoas. Deste cenário nada de bom poderá ser colhido.
Cabe ressaltar que o que escrevo aqui visa apenas os bons profissionais da área já que hoje, infelizmente, grande parte são fraudes. As fraudes se destacam por não possuir uma visão holística e clara da empresa. Hora se preocupam apenas com os funcionários tal quais uns assistentes sociais, hora pensam apenas na empresa e se transformam em capatazes e, o pior, hora tentam inventar a roda e arrumam processos baseados em horóscopo, numerologia e outros tantos teoremas sem embasamento efetivo.
Com o aquecimento da economia e o crescimento das grandes corporações, cresce também a demanda por profissionais especializados e comprometidos que possam guiar a empresa para o desenvolvimento, para a inovação e para a melhoria de seus processos, aumentando sua competitividade, dessa forma, o RH é uma fonte rica para atingir este objetivo e encontrar profissionais que preencham estes requisitos dentro e fora da empresa.
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Pesquisa: falta de mão de obra e burocracia limitam expansão de empresas


A disponibilidade de mão de obra qualificada é um dos principais fatores que limitam a capacidade de crescer e expandir os negócios das empresas brasileiras. A informação consta no International Business Report 2011 da empresa de auditoria e consultoria Grant Thornton. Segundo a avaliação, não contar com mão de obra qualificada é um desafio para 49% dos ouvidos.
As regulações e a burocracia imposta às empresas também são bastante citadas, com 52% das respostas. Na comparação com a pesquisa realizada no ano passado, a ausência de trabalhadores qualificados na quantidade desejada é um problema que cresceu 19% no número de respostas, enquanto a burocracia e as regulações cresceram 15%.
Tanto a questão da mão de obra quanto o tópico burocracia são mais citados pelos empresários brasileiros do que na média dos executivos ouvidos em outros países da América Latina e do restante do mundo.
A escassez de mão de obra qualificada disponível é citada 37% dos executivos na Argentina, 38% no México, 25% na Alemanha, 20% nos Estados Unidos e 17% no Reino Unido. Na Índia, no entanto, o problema também preocupa muito o empresariado: 51% dos executivos ouvidos apontaram a falta de trabalhadores capacitados como preocupação. Esse item apresentou o maior crescimento da última pesquisa para a atual (7% na média global).
"As empresas terão que começar a criar alternativas para suprir essa carência de mão de obra, qualificando e investindo na preparação de profissionais que estão ingressando no mercado, com cursos e treinamentos. Sem isso, pode haver um encarecimento muito grande desse tipo de mão de obra e recrutamento de profissionais do exterior", comenta o diretor de marketing e comunicação para America Latina de Grant Thornton, Javier Martínez.


Burocracia

Já quanto à preocupação com as regulações e a burocracia, o Brasil lidera. Enquanto 52% dos executivos brasileiros colocam esse tópico como um dos principais limitadores da capacidade de crescer e expandir negócios, ele chega a 39% na Argentina, 28% no México, 30% na África do Sul e apenas 20% na Espanha. Na Índia, o índice alcança patamares semelhantes ao brasileiro: 47% das respostas
"A burocracia continua sendo a maior preocupação dos empresários brasileiros quando falam sobre crescimento ou expansão. O Brasil ainda é um dos países com maior número de trâmites por fazer e os empresários precisam, num mundo digital, de rápida movimentação e menor quantidade de tempo investido neste tópico. O Brasil tem que liderar os mercados emergentes nesta categoria também", opina Martínez.
No Brasil, o terceiro tópico mais citado pelos executivos foi o custo de financiamento, que contou com 28% das respostas. Esse item também foi bastante lembrado pelos empresários de outras nações. Na Argentina, por exemplo, o custo de financiamento lidera a preocupação quanto à limitação para crescimento dos negócios, com 52% das respostas. No México, com 29% das respostas, esse tópico é o segundo mais citado, assim como na Alemanha, onde conta com 27% das lembranças, e na China, com 36%.

Segundo os executivos brasileiros ouvidos pela pesquisa, a menor preocupação é com a diminuição de pedidos ou redução de demanda, apontada por apenas 10% dos ouvidos. A infraestrutura em tecnologia da informação também teve indicadores menos expressivos: 16% no País.

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quarta-feira, 13 de abril de 2011

O diferencial está no design


Em datas especiais é comum vermos centenas de produtos em embalagens extremamente elaboradas e bem feitas. Tudo para valorizar o produto, aumentando seu valor agregado e possibilitando um destaque maior no ponto de venda. Logicamente, aumentando cada vez mais a percepção do consumidor.

Com o crescimento econômico do país, é possível observar um aumento significativo das empresas que investem mais nesse setor. Segundo a ABRE (Associação Brasileira de Embalagens), o setor cresceu 10% em 2010. Isso é uma clara demonstração de que as empresas descobriram que para ganhar o consumidor, não adianta somente um produto de qualidade, mas também é necessário investir em boas embalagens.
Sabemos que a maior parte da decisão de compra acontece no ponto de venda. E essa é a hora mais importante em todo o processo. Por isso, é necessário avaliar alguns aspectos sobre a embalagem dos seus produtos:
- A marca - Deve estar sempre em destaque, identificando qual é o produto e a quem pertence. Dessa forma, o consumidor assimila todas as informações contidas na embalagem com a marca do produto.
- Avalie formatos - Eles podem ser decisivos para a decisão da compra. Embalagens bem pensadas, possibilitam melhor acondicionamento em armários e também tem fácil manuseio;
- Cores - Elas devem estar dentro do conceito do produto. Higiene e limpeza devem sempre buscar tons claros, sóbrios que remetam a sua função. Alimentos devem despertar a fome utilizando combinação de cores quentes.
- Materiais - Embalagens recicláveis e que agridam menos o meio ambiente tendem a levar vantagem. Como o apelo ecológico ganha força a cada dia, é importante desenvolver também produtos dentro desta nova tendência.
No mundo atual, de alta competitividade entre as empresas, qualquer fator que determine um diferencial deve ser avaliado com muita atenção. Fabricar um produto e fazer com que ele chegue à mesa do consumidor é um processo dominado pelas empresas.

Portanto o diferencial está na "cara" que seu produto tem e como ele se apresenta para seus clientes. O design é uma peça fundamental dentro da estratégia de venda e que precisa sempre ser levada em consideração, pois é ele que tem a capacidade de fazer com que um produto bem feito se mostre de forma correta para o mercado.

Eduardo Przybylski - é designer de informação da dBrain, agência especializada em marketing de canais. Contatos: eduardo@dbrain.com.br/ www.dbrain.com.br


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10 qualidades indispensáveis para um bom profissional


A economia está mais pujante e, por isso, o mercado ficou mais exigente. Atender as expectativas dos empregadores hoje requer qualidade, esforço e dedicação. Ou seja: ter uma boa formação, inclusive continuada; estar disposto a correr atrás dos seus objetivos e comprometer-se a buscar os melhores resultados para a empresa.
"As exigências sempre vão ser muitas e vão aumentar. É um esforço constante, mas que tende a ser recompensado no final", afirma Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum e especialista em recolocação profissional.
O executivo lembra também que a melhor hora de buscar um novo emprego é quando se está trabalhando e que o mercado de trabalho está repleto de oportunidades.
Abrileri indica as principais qualidades que o profissional precisa ter para conquistar espaços e se garantir no mercado. Confira abaixo.

1 Capacitação técnica específica
Esta continua sendo a principal e fundamental exigência. Se você não estiver apto a exercer bem a função que pleiteia, dificilmente conseguirá conquistar a vaga. Uma boa formação, cursos adicionais, experiência na função são importantes na hora de competir por uma vaga de trabalho.

2 - Visão global

Além de ser bom no que faz, é importante que você compreenda quais os impactos de sua parte sobre o todo. Ter uma visão global ajuda na comunicação em geral, tanto com pares como superiores ou subordinados.

3 - Estar bem informado


Vivemos hoje na sociedade da informação. Quem é munido de conteúdo sempre sai na frente. Nada melhor do que conversar com alguém que sabe o que está acontecendo sobre a função que exerce. Você deve ser o ponto de referência na empresa quando o assunto estiver relacionado à sua área. Agora, se puder também se informar sobre atualidades, economia, lazer, artes, esportes, internet, negócios, entre outros assuntos, melhor ainda. Você se torna alguém bem mais aberto e com muito mais possibilidade de interagir com outros da companhia. Mas não se esqueça: o principal conhecimento que você deve ter é relacionado à sua área de atuação

4 - Facilidade com tecnologia

O computador e a internet são hoje ferramentas fundamentais de trabalho e comunicação. Quem interage bem com estas tecnologias e tem familiaridade com elas tem uma grande vantagem competitiva.

5 - Internet e redes sociais
Quem navega bem na internet e utiliza as redes sociais de maneira correta sabe como tudo isso pode ajudar para se informar, encontrar respostas e resolver problemas, e da mesma forma ganha pontos frente aos demais concorrentes.

6 - Idiomas (inclusive um bom português)


Num mundo cada vez mais globalizado, ter conhecimento de outro idioma é muito importante, principalmente o inglês. O Brasil ainda é um país que carece de pessoas que tenham domínio sobre outras línguas. Quem tem conhecimento em inglês e espanhol tem ainda mais vantagens. Mas lembre-se: saber bem o nosso português, por mais óbvio que seja, faz muita diferença.

7 - Educação continuada
Workshops, cursos de curta duração, palestras e pós-graduação, entre outros, sempre será algo valorizado pelas companhias. Mas não aja de modo a apenas colecionar diplomas. Conhecimento é muito valioso, portanto empenhe-se e realmente aproveite as oportunidades para aprender e crescer como pessoa e profissionalmente.
8 - Trabalho voluntário
Ter no currículo experiências como voluntário mostra que você é um profissional preocupado com valores importantes. Ações como essa não são apenas bem vistas no âmbito profissional, mas amadurecem o ser humano.
9 - Elegância e cordialidade
Essas qualidades podem ser mostradas em diversos aspectos – na maneira de se vestir, em como falar, nas atitudes. Ser elegante e cordial sempre atrai. Tais características ajudam a conquistar e demonstram maturidade e simpatia. Todos querem estar ao lado de pessoas agradáveis.
10 - Bons valores
Caráter e valores têm sido mais valorizados pelos recrutadores. Às vezes são naturais e nascem com a pessoa, são do interior dela, outras vezes são aprendidos em casa, mas também podem ser cultivados através da percepção e da valorização correta destas qualidades. Qualquer que tenha sido a forma de absorvê-los, o importante é ter bons valores. Com eles você se torna não apenas um bom profissional, mas um ser humano exemplar e de bem com a vida.

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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Respeito ao cliente


Encantar o cliente, eis ai o lugar comum de quaisquer organizações. Ou seria fidelizar o cliente, isto é, capturá-lo para os interesses das organizações. Ah, não! é preciso colonizar o cliente, isto é, colocá-lo cada vez mais a serviço da organização, e, ainda, fazê-lo pagar mais por isso.

Há um tema que sempre vêm à baila nos congressos, simpósios, colóquios ou seminários de administração: o respeito ao cliente.
Estranhamente, as organizações tentam transformar o respeito ao cliente num valor moral.

É evidente que o respeito ao cliente é, no máximo, um valor profissional, uma diretriz empresarial, ou mesmo uma linha estratégica a ser apoiada e estimulada no mundo das organizações e no universo da sociedade.
É um valor empresarial perfeitamente compreensível no código de ética de uma indústria ou de uma loja de comércio, como parte integrante do plano de negócios e da ação estratégica, tática e operacional de qualquer organização, seja pequena, média ou grande, pia ou lucrativa.

Mas daí a erigir o respeito ao cliente como um valor moral da organização vai uma enorme distância.
Isto é absolutamente bizarro, para não dizer esdrúxulo. Eu não encontro correspondência do respeito ao cliente como um valor moral em nenhum lugar nos grandes textos religiosos, na Bíblia, no Alcorão, nos textos de Buda, na Torah, em quaisquer dos textos canônicos, muito menos nos textos filosóficos de Espinosa, de Montaigne, de Rousseau, de Kant, ou nos enciclopedistas, nos iluministas, nos filósofos gregos, enfim, em quaisquer dos grandes pensadores da humanidade.

O que sempre vejo nesses textos não é o respeito ao cliente. É o respeito ao próximo.


Vocês dirão: mas o cliente não é o próximo? Claro que não. Pelo menos, não é um próximo qualquer. É um próximo que pode pagar, solver as suas contas, que tem um perfil de renda, que "vale uma nota", que dispõe de poder de compra, que pode barganhar, que pode escolher o que e de quem comprar, que pode ou não ser fidelizado em suas compras e em suas preferências.


É evidente que não devemos – aí sim um valor moral – circunscrever moralmente o nosso grau de respeito ao próximo à sua capacidade de pagamento, ao seu perfil de comprador, ao seu nível de renda.
O respeito ao cliente é apenas e tão-somente um valor empresarial legítimo, que pertence ao mundo do marketing ou à área de vendas, ao regulamento da empresa, ao seu plano de negócios, ao seu código de conduta. E é apenas isso, o que já é muito bom. Jamais é um valor moral, como muitas organizações empresariais, pretensiosa e equivocadamente, pretendem apresentá-lo.
Ora, se a ação empresarial busca, em essência, o lucro, por que meter a moral no meio?

O respeito ao cliente é um valor empresarial, aliás, elogiável. Pode ser um valor profissional ou um valor deontológico. Mas, de forma alguma, é um valor moral para a organização.
O respeito ao próximo, este sim é um valor moral.

O respeito ao próximo pertence estrita e unicamente à consciência de cada um, na plenitude da realização do indivíduo e da pessoa como um ser moral.

O respeito ao próximo não pode ser um valor moral empresarial, porque é contaminado pelo interesse da empresa, o que por si só o desqualifica como valor moral, que deve se fundamentar no universalismo e no desinteresse.

A ação moral reside na atitude ao mesmo tempo desinteressada e orientada não para o interesse particular, mas para o bem comum e universal. Isto é, de forma mais direta, para o que não vale e é bom apenas para a empresa, mas também para todos os outros. São essas as duas pedras angulares da moral para Kant*– o desinteresse e a universalidade.

Imaginem se um empresário qualquer pode aceitar que um vendedor faça os interesses do cliente prevalecerem sobre os interesses da loja para a qual trabalha, a ponto de indicar a loja do concorrente para o cliente comprar os produtos que deseja.
É preciso insistir no ideal do bem comum, na universalidade e no desinteresse das ações morais, assim entendidas como a superação dos exclusivos interesses particularistas de uma empresa em relação aos seus clientes.

wagners@attglobal.net

www.wagnersiqueira.com.br