sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pense bem ao fazer o marketing da sua empresa



É inadmissível que ainda existam gestores apenas voltados para dentro das suas organizações, quando o correto é adequá-las às regras do mercado. No atual ambiente empresarial, que é de extrema competição, as organizações não podem deixar de ficar atentas a esses detalhes tão importantes à sua sobrevivência.

Nunca é tarde lembrar que o sucesso empresarial advém da total orientação da organização para o mercado (baseada em análises e estudos), em planejamentos, em gestão desses planejamentos, da sintonia que deverá existir entre os departamentos e setores, além das pessoas competentes que estejam comprometidas e motivadas com a sua missão e os seus objetivos.

E o MARKETING? De que forma pode auxiliar? Como utilizar as suas orientações para posicionar-se, para enfrentar batalhas diárias? Mas antes de fazer essa abordagem, é necessário algumas advertências e lembretes importantes para todas as organizações independentemente de tamanho e finalidades:

1) MARKETING não faz milagres.

2) MARKETING não é propaganda, e propaganda não é a alma do negócio. A propaganda é parte dos instrumentos de MARKETING.

3) Nem todas as pessoas que se apresentam como profissionais de MARKETING são ou estão capacitadas. Muitas delas fazem o que chamamos de "auê", ou seja, fazem apresentações e discursos bonitos sem conhecimento científico. Trabalham na base do empirismo, do "achômetro". Iludem os incautos e fazem das organizações os seus laboratórios experimentais. Por esses detalhes, é fundamental que se tenha muito cuidado, verificando profundamente a pessoa contratada (como pessoa física e/ou jurídica).

Feitas essas considerações, passemos então a tratar de MARKETING na sua essência.
Entendemos que MARKETING não deve ser apenas um departamento. Ou melhor, até pode ser, desde que a organização seja feita de forma coordenada e integrada. No entanto, com os mercados globalizados, a exigência é mais forte para essa coordenação e integração.

Nesse contexto, é evidente que a preocupação ou os esforços de MARKETING estejam voltados, entre outros, para:

1) A visão e a gestão estratégica.

2) A ênfase nos processos do negócio e no "feedback".

3) Planejar e administrar estrategicamente, pensando no futuro, mas sem esquecer do presente. Os parâmetros do passado também precisam ser lembrados.

4) O desenvolvimento das novas ferramentas.

5) As mudanças nas formas do poder.

6) A importância da coleta e análise de informações .

7) A inovação constante e a mudança adequada e acelerada.

8) A transformação das relações entre as pessoas.

9) A busca incessante pela eficiência, eficácia e efetividade.

10) Aproveitar as oportunidades de mercado, lembrando sempre de conhecer com profundidade o público alvo e a forma de se comunicar com ele .

11) Seus custos e lucros, fazendo sempre uma analogia com os padrões existentes no mercado.

12) Elaborar e implementar estratégias, tanto para o ataque como para a defesa, sem perder de vista o foco.

13) A consonância com a realidade e o aperfeiçoamento constante.

14) A inteligência emocional e o desenvolvimento de habilidades.

15) A busca por profissionais especializados que sejam ousados, que tenham uma visão global, e que saibam trabalhar em equipe.

16) As mudanças e intenções de compras das pessoas e organizações.

17) As tendências e megatendências de mercado.

18) A necessidade não só de pensar globalmente, mas de agir e interagir localmente.

19) O acompanhamento e monitoramento do movimento estratégico da concorrência.

20) A evolução e administração do mix de produtos e serviços.

21) As auditorias constantes.

22) As evoluções nos modelos e processos de comunicação, venda e distribuição, assim como acontece no comércio eletrônico.

23) A fixação de relacionamentos duradouros.

24) O conhecimento com bom nível de compreensão e domínio de informática, MARKETING direto e Internet.

25) A flexibilidade para mudar sempre que for necessário.

Pelo exposto, pode-se constatar a importância que o MARKETING exerce, tanto na área estratégica, quanto nas áreas operacionais das organizações.

Saiba construir o Marketing para a sua Empresa!
Para acessar o CV do autor, clicar em seu nome no início deste artigo. Para contatá-lo, envie e-mail para: atendimento@consultores.com.br
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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Novos tempos, novos desafios

Dos tempos da ditadura aos tempos da sustentabilidade. Os desafios para uma nova sociedade.
:Por Laercio Pimentel
A época era de ditadura. Nos portões das fábricas pessoas gritando, empurra-empurra, policiais fazendo o corredor humano. Quem ficava para fora tinha tudo para perder o emprego; os que furavam a greve perdiam o respeito de todos – pelegos.

O princípio básico da comunicação era não comunicar. Difíceis momentos para quem estava iniciando na profissão. Era preciso quebrar barreiras. Ter coragem de dizer, argumentar, contra-argumentar, ver tudo de forma diferente, criar, solucionar, prever, antever, saber e conhecer. Este era o trabalho dos comunicadores dos tempos da Ditadura.

As áreas de conflitos eram parte do cotidiano. Diretores e gerentes de empresas não arriscavam sequer mencionar a palavra abertura; funcionários não acreditavam em empresários e nas empresas; sindicatos destilavam energia para romper os grilhões cognitivos. No meio de campo daquele tabuleiro desajustado: o comunicador.

O tempo foi passando, conquistas às duras penas, batalhas perdidas, algumas vitórias. O esforço valeu a pena. Enfim, a democracia. Hoje o novo cenário é pintado em tela digital. Os desafios trafegam no campo virtual. Tudo é novo, de novo.

O inimigo agora é a sustentabilidade, ou melhor, a falta de um padrão mundial de sustentabilidade. Por mais que se discuta o tema, parece mais distante uma solução ampla e resoluta. O planeta pede mais, o planeta merece mais.

As discussões sobre a redução de CO₂ são constantes. Faltam atitudes permanentes. Os países desenvolvidos agregam menos esforços do que os países em desenvolvimento. Tudo em torno de uma política selvagem que preserva ganhos no presente sem planejar o futuro.

Se a solução não pode ser macro, por que não ser micro? Por que os desafios não podem ser estratificados e resolvidos nos âmbitos das cidades, municípios, bairros, empresas, comunidades? Não seria o mundo digital um portal para interligar tal apelo?

Em quanto tempo saberemos que não há mais tempo? Ainda vemos discussões de qual área pertence a quem? Se a geração X está próxima da Y, ou se a Z é que vai vencer? São tantas perguntas sem respostas; tantas respostas vazias sem ter o que preencher. O desafio bate à porta e não aceita mais um não. O clima alerta e aponta a gravidade. Temos indícios suficientes para viver em alerta máximo. Só resta agora empreender atitudes e soluções para cobrir o atraso que causamos ao longo do tempo. Pequenos esforços já não atendem à demanda de preservação ambiental, é preciso grandes ações. Mas, pior do que pequenos esforços é esforço nenhum. Assim...

Quase 20 milhões de brasileiros disseram nas urnas em bom tom que há uma preocupação maior com relação à preservação ambiental. Está na hora de buscarmos um novo modelo de vida, diferente do sistema-modelo-americano. Quem sabe não está na hora de descobrirmos que os brasileiros podem mais. Não se trata de uma questão de competitividade geográfica. Trata-se de uma oportunidade de mudar o curso da história e de fazer história.
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As mil faces da comunicação



A comunicação continua sendo o principal caminho para levar as pessoas ao entendimento, fazer com que as empresas estejam mais próximas do mercado e perto da mente e do coração do consumidor.
:Por Laercio Pimentel

Já se deparou com aquela situação em que tudo parece bem encaminhado, mas na hora "H" o resultado é pífio? Pois não é um privilégio dos simples mortais. Existem muitos casos de empresas que investiram grandes somas no lançamento de produtos, na abordagem de um novo mercado, mas que "inexplicavelmente" não conseguiram atingir o resultado esperado. É o caso da AOL quando tentou se instalar no mercado brasileiro. Empresa líder nos Estados Unidos, muitos recursos financeiros, abordagem diferenciada para a época com farta distribuição de CDs de instalação, joint venture com o Itaú, enfim, tudo o que poderia ser necessário para dar certo. Não deu!


Hoje, anos depois, e muitas análises, há apontamentos de que a falha estava em não entender a cultura local, em tentar empregar o mesmo tipo de estratégia que já tinha dado certo no mercado americano. É nesses momentos que identificamos quanto é complexa a tal comunicação. Não apenas recursos financeiros, nem tampouco tecnologia, ou mesmo boa estratégia se mostra o suficiente. É preciso entender o consumidor de uma maneira totalitária, por dentro e por fora.

A comunicação é isso aí! Uma ciência que compartilha de outras tantas para elucidar os caminhos até a mente do ser humano. Senão, vejamos como é necessário o conhecimento de psicologia, antropologia, sociologia, filosofia, entre outras, para detalhar cada ação proposta e alcançar um porto seguro na mente e no coração das pessoas.

Quando planejamos uma campanha, o lançamento de um produto, a criação de um novo serviço ou qualquer outro motivo relacionado à conquista da predileção humana, é preciso tomar os cuidados necessários para não errar na concepção da estratégia mais adequada a cada caso. É imprudente achar que uma determinada situação empregada com sucesso outrora, deverá repetir o tento, o que até poderá acontecer, mas não é uma realidade factual; devendo ser tratada exclusivamente como uma informação para um plano maior.


Diante disso, é preciso entender o ser humano em seus mais variados detalhes: modo de vida, nível de expectativa, relação com os meios de comunicação a serem empregados, perfil comunicacional, desejos e necessidades, cultura local, enfim todos os meandros que regem a vida das pessoas envolvidas. É desse glossário informativo que o profissional de comunicação partirá para exercer com maestria a construção do plano de comunicação e respectivas estratégias para conquistar o mercado.

Mas se tudo é tão simples assim, por que não é feito dessa forma? Primeiro, porque não é tão simples assim. O levantamento de todas as informações necessárias é complexo e requer investimentos consideráveis, que em vista dos resultados não são tão altos – a velha questão do custo x benefício. Do outro lado, temos quase sempre a aposta de que a "experiência" é o remédio para todos os males (o que já deu certo dará novamente) – não é bem por aí. Outro ponto, é que por conhecermos as ferramentas e técnicas para validar as estratégicas programadas, achamos que isso basta. Pois é nesse arcabouço de conhecimentos e certezas que muitas vezes perdemos a direção que devemos adotar e somos lançados ao mar do desconhecido. Portanto, experiência e conhecimento de ferramentas e técnicas não é tudo; é preciso mais.

Por que muitas vezes um barzinho numa determinada rua está sempre cheio, enquanto que um estabelecimento similar no mesmo quarteirão não consegue nem 30% daquela clientela? Novamente, a mesma fórmula: o entendimento completo do ser humano. E é nesse campo de estudo que os profissionais de comunicação deverão se debruçar para criar propostas ousadas e assertivas para validar programas e estratégias. Devemos estar antenados às novas técnicas e tecnologias, mas cada vez mais craques na absorção dos conhecimentos seculares que regem toda a diferença: conhecer o ser humano.

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Site de compras coletivas: oportunidade ou cilada para as PMEs


Se há uma lição para ser aproveitada no presente é que o investimento nos sites de compras coletivas seja uma opção dentro de uma estratégia mais abrangente, de longo prazo, que possa ser sustentável e oferecer outros atrativos além dos preços baixos
:Por Silvio Tanabe, www.administradores.com.br

Como consultor de marketing digital, tenho recebido muitos questionamentos de empresários de pequenas e médias empresas interessados em investir nos sites de compras coletivas. Seduzidos pela rápida expansão desse segmento (que teve aumento de 231% de setembro a novembro, de acordo com o Ibope Nielsen Online), perguntam se vale à pena investir, se são apenas moda ou vieram para ficar e se vão ter sucesso.
Em vez de me arriscar a fazer previsões, prefiro analisar exemplos do passado e aproveitar as lições que nos deixaram.
Um dos ancestrais dos sites de compras coletivas surgiu nos anos 80 e fez muito sucesso na TV em São Paulo. O programa era o Shop Tour (que ainda existe, comentaremos mais adiante) e se tornou rapidamente um fenômeno pelos super-descontos oferecidos, da mesma forma que os atuais sites de compras coletivas.

O programa passava no pior horário possível, na madrugada de sexta para sábado, e ainda assim era campeão de audiência. Até mesmo os baladeiros não perdiam o programa, tudo mundo esperava o final para sair!

Nele se oferecia de tudo: roupas, sapatos, móveis, objetos de decoração, brindes, jóias, material de construção, papelaria e até fraldas. O apresentador e o dono ou gerente da loja iam mostrando os produtos e os preços, sempre com descontos inacreditáveis. O apresentador, muitas vezes não satisfeito reduzia ainda mais o preço, com a relutância do lojista.

O resultado acontecia no ínicio do final de semana. Filas se formavam logo no início da manhã e antes do meio-dia já haviam esgotado seus estoques!

Shop Tour existe até hoje, embora com outro formato. Da mesma forma, inúmeras empresas passaram pelo programa, mas poucas se sobressaíram além dos descontos que ofereciam. Quando pararam de oferecer produtos com preços muito abaixo da média de mercado, simplesmente sumiram.
Versão moderna do formato, os sites de compras coletivas também têm nos preços baixos o seu maior diferencial, e é aí que mora o perigo. Para chamar a atenção dos consumidores, as empresas focam excessivamente nos descontos, incorrendo em dois grandes riscos. O primeiro é sustentar essa estratégia.
Afinal, até quando é possível manter descontos agressivos para se manter em evidência? Mesmo aceitando o argumento de que as "compras coletivas" compensam o desconto, é bom fazer as contas. Quantas pessoas precisam participar para viabilizar um desconto razoável de 30%? E de 90%?

O segundo risco é criar o chamado "caçador de promoções", o cliente cujo único interesse é aproveitar o seu desconto. Ele não é fiel à sua marca, produto ou loja, mas aos preços baixos. Se você diminuir a oferta, ele imediatamente vai procurar quem ofereça descontos mais atrativo.


Há ainda um agravante. A proliferação dos sites de compra (levantamento do site Bolsa de Ofertas constatou a existência de 246 sites do gênero até o final de novembro) banaliza as promoções, provocando uma saturação. São tantas as ofertas que eles começam a perder o interesse (talvez você mesmo já esteja passando por isso pessoalmente).

Nesse sentido, investir em sites de compras coletivas se torna um círculo vicioso. É necessário oferecer descontos cada vez maiores para manter o interesse e as vendas, enquanto as margens e a sustentabilidade do negócio diminuem.

Não está se fazendo aqui uma crítica aos sites de compra, muito menos que nelas investe. O modelo de negócios é sério e há vários exemplos de sucesso no Brasil e exterior. Quero apenas fazer um alerta. As empresas não podem escorar sua estratégia unicamente em descontos agressivos. Quando o fôlego para oferecer estas promoções se esgotar, sua empresa volta à estaca
Ao analisar o que foi feito no passado também é possível descobrir como evitar cair nesse círculo vicioso. Percebe-se que as empresas bem-sucedidas foram as que fizeram dos descontos um trampolim para tornarem-se mais conhecidas em um curto espaço de tempo.
E não se limitaram a isso. Investiram em outros canais de publicidade e propaganda, no aprimoramento e diversificação, nos diferenciais e atributos dos produtos, enfim, na criação de uma identidade para suas marcas. Desta forma, deixaram de depender dos descontos para atrair consumidores
Portanto, se há uma lição para ser aproveitada no presente é que o investimento nos sites de compras coletivas seja uma opção dentro de uma estratégia mais abrangente, de longo prazo, que possa ser sustentável e oferecer outros atrativos além dos preços baixos. Para isso, seguem três questionamentos básicos, mas que não deixam de ser importantes:
1) Qual o objetivo da sua promoção? Ter uma fila de clientes atrás do seu produto/serviço ou do desconto que está oferecendo?
2) Sua promoção é viável, você está pronto para atendê-la em termos operacionais para satisfazer os seus clientes? Visite o Reclame Aqui (www.reclameaqui.com.br), veja quantas empresas não pensaram nisso e agora estão arcando com as conseqüências.
3) Qual o próximo passo? Ou seja, chamando a atenção com a promoção, o que você vai oferecer em termos de diferenciais para fidelizar os clientes e fazer com que eles comprem novamente?
Silvio Tanabe - é consultor de marketing digital da Magoweb e autor do blog Clínica Marketing Digital (www.magoweb.com/clinicadigital)

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Pequenas e médias empresas superam os desafios do e-commerce




Segmentação e atenção com os consumidores são essenciais para conquistar a confiança dos internautas

Com o constante crescimento das vendas no e-commerce brasileiro, aumenta também o número de empresas para dividir o mercado com grandes competidores. As pequenas e médias tentam ganhar espaço atingindo públicos bem mais segmentados. Segundo dados da e-bit, o “long tail”, que engloba os varejistas menores, ganhou 1,62% em market share no mercado brasileiro, seguindo uma tendência global. De acordo com o e-Marketer - que faz o acompanhamento do mercado virtual norte-americano - as três lojas líderes do e-commerce local (Amazon, Staples e Dell) representam, juntas, cerca de 25% do faturamento total do canal, apontando a grande distribuição das lojas virtuais no país.

No Brasil, há poucos anos, apenas um grupo obtinha mais de 45% do total de share em vendas B2C. “Quanto mais segmentada for a loja, mais vai ter conhecimento sobre o produto, mais conteúdo informativo vai gerar e conseguirá mais parceiros na área, passando os benefícios para o consumidor”, afirma Maurício Salvador, autor do livro Como Abrir uma Loja Virtual de Sucesso, em entrevista ao Mundo do Marketing. Mas procurar o nicho não é a única solução para o mercado promissor, já que a maioria das lojas virtuais fecha em seu primeiro ano de operação.

Entre os primeiros passos para o sucesso está a escolha da plataforma mais adequada e a organização do estoque, da logística e ganhar a confiança do consumidor. “O ideal é que, desde o início, o varejista se cadastre para conseguir selos como o da e-bit, do Buscapé e do Zura, que garantem a confiabilidade daquele portal”, afirma Salvador.

Conquistando a confiança
Para conquistar a confiança do consumidor, o portal de venda de aparelhos eletrônicos Girafa investe no relacionamento. “Ainda existe muita picaretagem na internet e o nosso desafio é provar que somos honestos. Muitos sites têm a vida curta porque se descuidam da base de consumidores. Nossa missão é conquistar o cliente a cada dia”, afirma Marcelo Volpe, proprietário da loja virtual.

O portal se preocupa em estabelecer relações quase pessoais com os consumidores, muitas vezes utilizando meios que podem parecer “ultrapassados” no meio virtual. “Se temos algum problema com o cliente, eu mesmo envio uma carta pedindo desculpas”, conta o empresário. As iniciativas parecem dar certo, já que 10% dos e-consumidores compraram mais de uma vez no site que existe há dois anos.

Para o Pedala, portal especializado em materiais esportivos, o primeiro passo para a confiança dos internautas foi a apresentação da loja. “Hoje, os consumidores estão aprendendo a reconhecer um site confiável. Por isso, ter um layout bem feito, ‘navegável’ e bem trabalhado ajuda na conquista”, afirma Dannyel Filgueiras, fundador da loja. Além disso, a escolha do nome foi pensada para que o consumidor crie intimidade com a marca. “Pedala é uma palavra comum e o consumidor pensa que já ouviu falar na gente”, completa.
Primeiras visitas
Antes de fazer o cliente comprar, é necessário primeiro que ele passe a conhecer o site. Pensando nisso, a Loosho, loja virtual de maquiagem, contou com parceiras bem próximas ao seu público-alvo: as blogueiras. Focada em meninas que gostam de moda e beleza, acostumadas a comprar pela internet, Suzana Rosenfeld, sócia do portal, estreitou laços com internautas, garantindo um crescimento de 500% desde que começou a operar, em março deste ano.

Agora a iniciativa é conquistar pessoas que não estão acostumadas em comprar virtualmente. A empresa conta com um blog em que fala sobre maquiagem e apresenta, principalmente, as cores dos produtos disponíveis, além de disponibilizar consultores para dar dicas de beleza e tirar qualquer dúvida, mesmo de quem não compra nada no site. “Quanto mais as pessoas aprenderem sobre maquiagem, mais elas comprarão futuramente”, acredita a empresária.

Promoções também figuram entre as principais ações do Loosho. É o caso do “Concurso cultural net rosa é puro loosho”, que dará um computador para uma internauta. Outro caminho são as parcerias, como faz o Girafa. “Muitas vezes um fornecedor tem produtos que estão saindo de linha ou vendendo pouco. Nós damos esses itens junto com outras vendas. Os clientes adoram isso”, completa Volpe, garantindo ainda que a união com grandes marcas fortalece a imagem do portal.

Além do Google Marketing
O investimento no “Google marketing”, como links patrocinados, é muito usado pelas pequenas e médias empresas virtuais. “A estratégia é a primeira opção na hora de divulgar uma loja porque é mais barata. No entanto, sozinhos, os links patrocinados não trazem resultado. Eles devem representar apenas 20% das ações de Marketing”, garante Maurício Salvador.

A Cookie Web, agência de Marketing Digital especializada em PME’s, recomenda o trabalho em redes sociais e de e-mail Marketing. “Investimos no ‘remarketing’, analisando os ‘passos’ dos consumidores. Se eles entraram no site e foram para uma determinada seção, nós entramos em contato oferecendo os produtos adequados”, afirma Natan Sztamfater, proprietário da Cookie Web.

Para o Pedala, esse trabalho faz parte da fidelização de consumidores. “Temos que estar sempre inovando. Nossas campanhas de e-mail Marketing são essenciais nesse processo”, completa Filgueiras, que utilizada esta estratégia para apresentar as novidades do site para que os clientes voltam sempre ao portal.

Escolhendo o mix de produtos
Outra vantagem para as pequenas e médias empresas na internet é a possibilidade de ampliar o mix de produtos oferecidos, sem limitações físicas. No entanto, é necessário conhecer bem o consumidor e o mercado para ter a quantidade ideal. É o que a Cia dos Livros, existente no e-commerce há seis anos, está fazendo.

A empresa passa por uma reformulação iniciada com o corte de fornecedores. “O site está passando por um processo de profissionalização que inclui a redefinição do mix de produtos, mudanças nos departamentos comercial e de Marketing e no atendimento ao cliente”, explica Cleber Carvalho, Diretor de Marketing do portal, que deverá vender 450 mil livros até o fim deste ano, apresentando um crescimento de 35%.

No caso da Cia dos Livros, a prioridade foi dada aos fornecedores que apresentavam melhor desempenho de vendas no site. De 1.200 editoras, passaram para 400. “A diminuição melhorou os processos internos, que são essenciais para a otimização dos serviços”, explica Carvalho.

Por Rayane Marcolino, do Mundo do Marketing e transmitido ao Portal Consultores por Elizeu Lopes

Data de Publicação: 18/9/2010

5 formas de fisgar o cliente pelo celular




São 170 milhões de celulares habilitados no Brasil. Quem souber fazer um marketing direcionado pelo celular tem muito a ganhar.

De acordo com Federico Pisani Massamormile, presidente da Mobile Marketing Association (MMA) e da agência especializada Hanzo, esse tipo de campanha entrou de vez nos orçamentos das empresas.

"O celular se transformou em uma mídia de massa. Mas com o diferencial de ser possível falar com cada consumidor individualmente", diz.

Segundo cálculos do presidente da MMA, foram investidos em mobile marketing no Brasil cerca de R$ 80 milhões no ano passado e esse volume deve alcançar R$ 200 milhões em 2010.

A principal recomendação para quem quiser investir em ações do gênero é simples, porém, nem todas as empresas costumam seguir: o consumidor está sempre no controle e deve autorizar o recebimento de qualquer mensagem.

Também é preciso definir bem o público-alvo e o objetivo da campanha. A seguir, a matéria de Pequenas Empresas & Grandes Negócios mostra como conquistar o consumidor pelo telefone.

1) SMS

Custo: De R$ 1 a R$ 1,50 por mensagem. É a forma mais antiga, comum e fácil de conquistar clientes pelos celulares. Segundo dados da MMA, 82,5 milhões de usuários de celular comunicam-se por mensagens de texto (dados de 2008).

Para realizar ações de divulgação institucional e promoções por SMS, é necessário ter parceria com as operadoras. Geralmente, contrata-se uma agência para fazer essa ponte.

É possível enviar mensagens para clientes cadastrados ou contratar os chamados SMS Broadcast, listas das próprias operadoras.

"A regra é não invadir a privacidade do consumidor. O cliente precisa estar cadastrado", diz Fabio Cardoso, sócio da agência especializada Ei Mobile.

Dante Cordeiro, proprietário da Polatti & Cordeiro Imóveis, de Curitiba, achou uma forma original - e eficiente - de usar o SMS para conquistar clientes.

Desde o ano passado, ele escreve um número de SMS nas placas de "Aluga-se" e "Vende-se" dos imóveis. Os interessados enviam uma mensagem para o número e recebem um torpedo com os detalhes do empreendimento, como tamanho, valor, quantidade de quartos e vagas na garagem.

"Aumentou o número de negócios concretizados e os corretores ficaram mais disponíveis, pois diminuíram as ligações pedindo informações", diz Cordeiro.

Em 2009, o número de contratos fechados cresceu 20% em relação a 2008, ultrapassando 60 no total. Dos 230 imóveis do portfólio da imobiliária, 30 têm informações disponíveis por SMS.

"Queremos alcançar 100% neste ano. O cliente que recebe as informações pelo celular já vem pronto para fechar negócio", afirma.

2) Torpedo de voz

Custo: De R$ 0,60 a R$ 0,90 por envio. O consumidor recebe uma ligação normal, mas, do outro lado da linha, não há ninguém, apenas uma mensagem gravada.

O torpedo de voz, como é conhecida essa chamada, representa ótima oportunidade de relacionamento com os clientes - quando usado corretamente.

A Sixpix, especializada em criação de conteúdo, adotou a estratégia para se relacionar com o público dos projetos que organiza.

No último evento de tecnologia YouPix, preparado pela companhia, todas as confirmações de presença foram feitas por um torpedo de voz gravado pela apresentadora Rosana Hermann, que tem mais de 48 mil seguidores no Twitter.

"A mensagem era bem-humorada e a Rosana é conhecida entre o público-alvo. Sentimos na hora o efeito da ação", diz Bob Wollheim, presidente da Sixpix.

Segundo ele, 80% dos que receberam a mensagem repercutiram o evento de alguma maneira: no Twitter, em blogs, por e-mail ou pessoalmente, no dia do YouPix.

"Tem um poder de viralização incrível", diz Wollheim, que utiliza o recurso para todos os eventos que organiza. A Sixpix só envia mensagens de voz para quem a autoriza, o que é fundamental para conseguir uma boa repercussão.

"As pessoas ficam bravas quando recebem esse tipo de mensagem sem permissão", afirma o empresário. "Também é importante ser relevante. Lembre-se de que a sua empresa vai invadir o celular de uma pessoa."
3) Bluetooth

Custo: da máquina, R$ 2 mil por mês (com alcance de 10 metros quadrados); do conteúdo, entre R$ 2 mil e R$ 10 mil. Atingir o consumidor diretamente e próximo ao ponto de venda: essa é a principal vantagem das ações de bluetooth marketing.

A tecnologia permite posicionar dispositivos inteligentes em uma determinada área e enviar conteúdo para os celulares das pessoas que passam pelo local.

O alcance das mensagens é limitado, mas as empresas podem colocar o dispositivo em um lugar predeterminado ou nas mãos de promotores em áreas de bastante movimento.

Foi o que fez a construtora Plano & Plano. Para divulgar um empreendimento voltado para a classe C em Guarulhos, na Grande São Paulo, duas promotoras circularam pelo centro da cidade e enviaram uma mensagem animada para os celulares em volta.

"Informamos detalhes sobre o imóvel", diz Adriane Cardoso, gerente que coordenou a campanha. Em cinco dias, as promotoras mandaram mensagens para 95 clientes em potencial.

"É uma ação que tem um custo-benefício melhor em relação à mídia de rua tradicional. Para quem trabalha com a classe C, com margens apertadas, é muito mais interessante", diz Adriane.

Como o usuário precisa ativar o bluetooth do próprio celular para receber o conteúdo, não existe perigo de a ação ser considerada invasiva.

Muita gente não sabe lidar com o próprio telefone, por isso é importante contar com pessoas que ensinem os clientes a ativar a tecnologia na hora.

4) Sites

Custo: R$ 15 mil, em média. Do total de celulares existentes no mercado, 6% acessam a internet - ou cerca de 10 milhões de usuários -, de acordo com dados da Mobile Marketing Association.

Esse público, que compra pacotes de dados e modernos aparelhos, navega pela rede em qualquer horário ou lugar do mundo.

No entanto, os navegadores dos celulares não têm a mesma capacidade de um browser de computador. Por isso, é preciso adaptar o site das empresas para a plataforma.

"Antes de definir as informações que serão levadas para o mobile site, é preciso ter em mente as necessidades dos usuários de celular", diz Rodolpho Ramirez, sócio da Pixel, agência especializada no assunto.

Como o site precisa ser mais leve para rodar facilmente, algumas informações devem ficar de fora. "É preciso avaliar quais conteúdos e serviços são mais atrativos", diz Daniel Mendes, sócio da agência especializada Fluida.

A empresa de seguro de viagens Travel Ace optou por um mobile site focado nos passageiros de viagens internacionais, que representam 99% do seu público.

"O site precisa ser ágil e prestar um serviço para o consumidor. Porque ele só vai acessar se precisar muito", diz Marcelo Enrique Fernandez, presidente da Travel Ace.

No site da empresa, os consumidores encontram os dados de contato, área para registrar ocorrências e as formas de acionar a assistência ao viajante.

As plataformas de vendas e de câmbio, por exemplo, ficaram de fora. "Usamos o site de celular como ferramenta de relacionamento para fidelizar o cliente", diz Fernandez.

5) Aplicativos

Custo: De R$ 25 mil a R$ 100 mil. Os aplicativos para celular tornaram-se uma febre depois do lançamento do iPhone. O total de downloads da loja da Apple já ultrapassa 2 bilhões e fez com que outros fabricantes também apostassem no recurso.

Os downloads da loja da Nokia chegam a 1 milhão por dia, segundo informações da própria empresa. Os aplicativos também vêm se consolidando como um interessante canal de marketing: muitas companhias estão criando aplicativos para estreitar o relacionamento com seus consumidores.

"As empresas deixam de ser apenas vendedoras ou prestadoras de serviço e oferecem um produto de valor agregado", diz David Reck, sócio da agência especializada Enken.

Antes de definir como será o aplicativo para seus clientes, é preciso ter em mente que não se trata de uma peça de divulgação simples.

"É necessário envolver o consumidor", afirma Fabio Cardoso, da Ei Mobile. E oferecer o serviço gratuitamente. Um dos aplicativos corporativos mais bem-sucedidos foi desenvolvido pela fabricante de cerveja Heineken.

Ele permite calcular a quantidade de bebida necessária para um determinado evento e localizar bares que vendem a cerveja. "Os aplicativos são uma tendência do mobile marketing viável para qualquer empresa e indicados para quem tem um serviço para oferecer", diz Cardoso.

"Os brasileiros são bastante receptivos aos aplicativos de empresas, mas é preciso ter um conteúdo interessante", afirma Daniel Mendes, sócio da Fluida. Quem quiser oferecer um aplicativo deverá validá-lo com as fabricantes de celulares.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios - Wilson Gotardello Filho

Data de Publicação: 30/7/2010

O desafio de desafiar equipes



Desafio que se preze envolve riscos: se tivermos certeza que uma tarefa poderá ser cumprida, por definição ela deixará de ser desafiadora. Não é à toa que os desafios geram ansiedade!
Até certo ponto, a ansiedade é positiva: gera adrenalina, deixa as pessoas mais alertas, o chamado frisson. Em excesso, gera stress e baixo desempenho.

Como desafiar diferentes pessoas? Sabemos que para cada indivíduo o desafio tem um peso. Algumas pessoas se alimentam com o teste às possibilidades, outras podem tornar-se improdutivas diante de desafios que lhes pareçam difíceis. Está a cargo de o líder conhecer a dose de arrojo que cada um pode conter.

Outros aspectos importantes para a delegação de desafios são:

● Foco Toda empreitada necessita de várias competências para ser realizada. Imagine alguém que deve fazer uma venda que envolve uma apresentação elaborada em inglês a um grupo de clientes: Para alguns, o desafio pode ser falar inglês, para outros a própria apresentação. Nesse caso, o líder deve garantir, por meio de treinamento prévio, que nenhum desses requisitos roube a atenção do colaborador. O foco deve estar no que interessa: a venda, que já é um desafio e tanto.

● Reconhecimento Adianta pouco uma pessoa cumprir um desafio sem ser recompensada, nem que seja moralmente (com um “parabéns”, por exemplo,).

Atuei em uma empresa na qual vários de seus funcionários eram carentes de estudos. Tratava-se de um discurso antigo, mas pouco eficaz, pois não havia recompensas aos que estudavam, nem punição aos que não estudavam. Sugeri que a empresa desafiasse seus funcionários a voltarem a estudar. A equipe deveria ter todos os membros de uma área específica com diploma de curso superior e aqueles que já tinham eram estimulados a fazer especializações. Evidentemente era um desafio de longo prazo, mas foram estabelecidas metas e objetivos individuais – ser admitido na faculdade, boas notas na prova de estatística e assim por diante. Toda graduação era celebrada publicamente e as pequenas vitórias constavam do quadro de avisos.

● Reforço Positivo Uma bronca ou punição pelo não cumprimento de um desafio pode abalar a auto-estima de um colaborador a ponto de ele não se motivar mais para os próximos desafios. É claro que o não cumprimento de um desafio merece uma análise e feed-backs sinceros, mas nada que arrase a moral do colaborador.

O líder deve ter em mente que, num mundo competitivo como o nosso a própria pessoa tende a se punir interiormente, além de ficar com a imagem abalada perante o resto da equipe.

● Alerta para as Justificativas Verifique porque o colaborador não quis ou não conseguiu realizar a tarefa e se prontifique a oferecer suporte técnico e psicológico, dependendo do que V. acredita que ele vai precisar.

● Fuga Se seu colaborador achar uma forma de devolver a tarefa a você, não preencherá os requisitos de auto-estima e capacitação que poderão alavancá-lo. Se V. perceber a pessoa realmente não está capacitada para realizar a empreitada, ajude um pouco. O colaborador precisa perceber no que os desafios contribuem para a ascensão de sua carreira.

● Sobrecarga Não torture seu colaborador com desafios. Permita algumas tarefas com as quais ele se sente bem. Não é o caso de mergulhá-lo em sua Zona de Conforto, mas sim de deixá-lo empregar a energia do desafio naquilo que ele e a empresa precisam.

O desafio é uma grande fonte de aprendizado e auto-confiança. É como cachaça, vicia. Um poderoso instrumento para que as pessoas e as empresas não parem de evoluir.

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Data de Publicação: 17/10/2008

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