sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

3) Bluetooth

Custo: da máquina, R$ 2 mil por mês (com alcance de 10 metros quadrados); do conteúdo, entre R$ 2 mil e R$ 10 mil. Atingir o consumidor diretamente e próximo ao ponto de venda: essa é a principal vantagem das ações de bluetooth marketing.

A tecnologia permite posicionar dispositivos inteligentes em uma determinada área e enviar conteúdo para os celulares das pessoas que passam pelo local.

O alcance das mensagens é limitado, mas as empresas podem colocar o dispositivo em um lugar predeterminado ou nas mãos de promotores em áreas de bastante movimento.

Foi o que fez a construtora Plano & Plano. Para divulgar um empreendimento voltado para a classe C em Guarulhos, na Grande São Paulo, duas promotoras circularam pelo centro da cidade e enviaram uma mensagem animada para os celulares em volta.

"Informamos detalhes sobre o imóvel", diz Adriane Cardoso, gerente que coordenou a campanha. Em cinco dias, as promotoras mandaram mensagens para 95 clientes em potencial.

"É uma ação que tem um custo-benefício melhor em relação à mídia de rua tradicional. Para quem trabalha com a classe C, com margens apertadas, é muito mais interessante", diz Adriane.

Como o usuário precisa ativar o bluetooth do próprio celular para receber o conteúdo, não existe perigo de a ação ser considerada invasiva.

Muita gente não sabe lidar com o próprio telefone, por isso é importante contar com pessoas que ensinem os clientes a ativar a tecnologia na hora.

4) Sites

Custo: R$ 15 mil, em média. Do total de celulares existentes no mercado, 6% acessam a internet - ou cerca de 10 milhões de usuários -, de acordo com dados da Mobile Marketing Association.

Esse público, que compra pacotes de dados e modernos aparelhos, navega pela rede em qualquer horário ou lugar do mundo.

No entanto, os navegadores dos celulares não têm a mesma capacidade de um browser de computador. Por isso, é preciso adaptar o site das empresas para a plataforma.

"Antes de definir as informações que serão levadas para o mobile site, é preciso ter em mente as necessidades dos usuários de celular", diz Rodolpho Ramirez, sócio da Pixel, agência especializada no assunto.

Como o site precisa ser mais leve para rodar facilmente, algumas informações devem ficar de fora. "É preciso avaliar quais conteúdos e serviços são mais atrativos", diz Daniel Mendes, sócio da agência especializada Fluida.

A empresa de seguro de viagens Travel Ace optou por um mobile site focado nos passageiros de viagens internacionais, que representam 99% do seu público.

"O site precisa ser ágil e prestar um serviço para o consumidor. Porque ele só vai acessar se precisar muito", diz Marcelo Enrique Fernandez, presidente da Travel Ace.

No site da empresa, os consumidores encontram os dados de contato, área para registrar ocorrências e as formas de acionar a assistência ao viajante.

As plataformas de vendas e de câmbio, por exemplo, ficaram de fora. "Usamos o site de celular como ferramenta de relacionamento para fidelizar o cliente", diz Fernandez.

5) Aplicativos

Custo: De R$ 25 mil a R$ 100 mil. Os aplicativos para celular tornaram-se uma febre depois do lançamento do iPhone. O total de downloads da loja da Apple já ultrapassa 2 bilhões e fez com que outros fabricantes também apostassem no recurso.

Os downloads da loja da Nokia chegam a 1 milhão por dia, segundo informações da própria empresa. Os aplicativos também vêm se consolidando como um interessante canal de marketing: muitas companhias estão criando aplicativos para estreitar o relacionamento com seus consumidores.

"As empresas deixam de ser apenas vendedoras ou prestadoras de serviço e oferecem um produto de valor agregado", diz David Reck, sócio da agência especializada Enken.

Antes de definir como será o aplicativo para seus clientes, é preciso ter em mente que não se trata de uma peça de divulgação simples.

"É necessário envolver o consumidor", afirma Fabio Cardoso, da Ei Mobile. E oferecer o serviço gratuitamente. Um dos aplicativos corporativos mais bem-sucedidos foi desenvolvido pela fabricante de cerveja Heineken.

Ele permite calcular a quantidade de bebida necessária para um determinado evento e localizar bares que vendem a cerveja. "Os aplicativos são uma tendência do mobile marketing viável para qualquer empresa e indicados para quem tem um serviço para oferecer", diz Cardoso.

"Os brasileiros são bastante receptivos aos aplicativos de empresas, mas é preciso ter um conteúdo interessante", afirma Daniel Mendes, sócio da Fluida. Quem quiser oferecer um aplicativo deverá validá-lo com as fabricantes de celulares.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios - Wilson Gotardello Filho

Data de Publicação: 30/7/2010

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